Sabe quando você sente NOJO de algo... Tipo, para e pensa que ta
tudo indo por água a baixo... Na boa, internet é algo muito bom, mas acho que
ta começando a estragar o mundo viu (começando uma ova, já estraga a muito tempo).
Não sei nem o que dizer, só posso sentir VERGONHA desse povo (e dos pais). Nada
contra quem curte se divertir, encontrar com amigos, mas porra... Isso ta mais
pra outra coisa, um monte de gente que não é nada, achando que é muita coisa.
Tava demorando esse tal de "rolezinho" chegar a Ipatinga viu, e
chegou da forma mais escrota possível. Quem é esse povo que reclama tanto de
rótulo, quem eles são pra ficar rotulando alguém?
"Ter mais de 300 curtidas em fotos postadas; participar de
pelo menos 10 encontros realizados na Praça do Cidade Nobre; tirar fotos com
pose de frente para o espelho e ter um aparelho celular de última
geração."
Beleza, se eu não tiver um celular de última geração, eu não sou
aceito no meio deles... Tá, isso não é coisa nova, sempre aconteceram essas
exclusões por motivos chulos, mas porra... OLHA AS IDADES DESSE POVO QUE DITA
ESSAS REGRAS... Meu Deus... E o pior é ver gente que morre pra ser aceito
nesses grupinhos e isso me mata mais de raiva ainda. Que mundo é esse onde pra
ser aceito em algo você precisa ter “mais de 300 curtidas numa foto”... Onde
curtidas valem mais do que declarações sinceras de tipo “cara, gostei dessa
foto ficou massa” ou “ow, ta feio, apaga”.
Ai ta, continuo lendo a reportagem, e pro meu espanto, eu achei
que não podia piorar e isso acontece. Uma mãe, apoiando o filho. Até ai nada de
mais... Que eu saiba toda mãe/pai quer ver o filho feliz e o apoia certo?!
Normal isso e bonito. Porém quando começa a passar do limite complica né. Igual
o exemplo da reportagem, a mãe, manicure, diz que trabalha para comprar roupas de marcas
utilizadas pelo seu primogênito. Cara, sem querer ser preconceituoso nem nada,
manicure é um trabalho digno (e indispensável atualmente), mas que eu saiba não
gera uma renda assim a ponto de poder viver “no luxo”. Posso estar enganado,
como sempre tem aqueles profissionais de destaque, que tem sua clientela fixa e
tudo mais. Mas ta. Vou deixar o foco pra uma frase dela:
“Que mãe não
quer que seu filho seja um “famosinho”? Eu entendo que com esse status as
pessoas demostram que tem carinho pelo meu filho...”
Primeiro, que
eu saiba, a minha mãe não quer isso pra mim, e conheço várias mães que também não
querem isso pros seus filhos. Penso que seria mais louvável um filho ter se
formado ou ter conseguido um emprego bom, ou passado num concurso sei lá, do
que ser um mero “famosinho”. Outro ponto que me deixou INDIGNADO, foi o fato
dela dizer que o filho recebe carinho das pessoas. Eu DUVIDO, que 80% das
pessoas que curtem as fotos do menino, que conhecem ele, ou que ele tem adicionado
na sua rede social, tem algum tipo de sentimento por ele que passe perto de
carinho. Maior parte disso não passa de falsidade e tentativa de “vou andar com
você porque você é famoso e eu quero ser também”.
“Um famosinho
deve ter várias camisas de marcas em seu guarda-roupa, além de bonés de aba
reta e bermuda até o joelho...”. Sem comentários pra essa frase, porque eu já
comentei lá em cima.
A reportagem
continua, citando o caso de mais dois adolescentes inclusos nesse rótulo de
“famosinho”. O que me chamou atenção foi mais fato de um deles dizer que fama é
pra poucos, como se ele fosse parte desses “poucos”. Ou como se esses
famosinhos fizessem. Eu não sou famoso, e nem quero ser, principalmente se
depender dessas regras ai pra ser. Vivo muito bem no meu ninho com poucos
amigos, porém com CARINHO e amizade verdadeiras, e sem depender de roupa de
marca ou celular de ultima geração pra eles gostarem de mim.
Enquanto
conversava com uma amiga sobre essa reportagem, o texto e tudo mais, ela disse
uma frase que eu concordei e gostei muito, porque resume perfeitamente minha
indignação, e como ela é uma grande amiga, serei legal e darei os créditos a
ela:
“Dá vontade de bater na cara dessas pessoas, apontar o dedo e dar um
berro pra acordar pra vida! Fico horrorizada com o quão superficiais as pessoas
conseguem ser, cada hora surge algo pra superar essa porra que o mundo tá
virando.” (BETINHA, 2014)
Enfim, não
vou por o link da reportagem, por motivos meio óbvios, se quiserem ler ela,
procurem. E um adendo, esse texto reflete uma opinião MINHA, fui fazendo cada
comentário conforme lia a reportagem e não tive a intenção de ofender ninguém. Beijos e até a próxima vez que eu tiver cabeça, vontade e paciência pra escrever de novo.